Mara Gabrilli, 52 anos, foi presidente da Frente Parlamentar Mista de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras. É publicitária, psicóloga, foi secretária da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de São Paulo, vereadora na Câmara Municipal, Deputada Federal e Terceira Secretária da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados pelo PSDB de São Paulo. Em 2018 foi eleita para integrar o Comitê dos Direitos das Pessoas com Deficiência na ONU. Hoje é Senadora da República, representando o estado de São Paulo, pelo PSDB.

 

Empreendedora social, fundou em 1997, o Instituto Mara Gabrilli, ONG que apoia atletas com deficiência, promove o desenho universal e fomenta pesquisas científicas e projetos sociais. Em dezembro de 2011, foi avaliada pela Revista Veja como o terceiro melhor parlamentar do ano, entre os 513 da Câmara dos Deputados, sendo a primeira colocada entre as mulheres e entre os parlamentares de São Paulo.

 

Em agosto de 2008, Mara Gabrilli foi avaliada como a segunda melhor vereadora paulistana, entre os 55 vereadores, por estudo da ONG Voto Consciente. Como Deputada Federal, por cinco anos consecutivos, foi laureada pelo Prêmio Congresso em Foco, onde ficou entre os melhores parlamentares da Câmara dos Deputados na visão de 186 jornalistas de 45 veículos de comunicação que cobrem o Congresso Nacional.

 

Escreve para o site da revista TPM/TRIP, Estadão (Blog do Fausto Macedo), Portal IG, Muitos Somos Raros, Portal Mobilize e Revista PCD. Durante dez anos foi colunista da revista TPM em sua edição impressa, e suas 50 melhores crônicas já foram reunidas no livro Íntima Desordem – os melhores textos na TPM (editoras Arx e Versar). Além da publicação, mantém colunas em diversos veículos como o jornal Inclusão Brasil, Blog Claudia Matarazzo , Portal Mobilize, Portal Vida Mais Livre, entre outros.

 

Mara ainda foi consultora do livro Vai encarar? – A nação (quase) invisível das pessoas com deficiência (editora Melhoramentos), de Claudia Matarazzo, e colaborou com o capítulo: “Educação para Todos: uma questão de direitos humanos” no livro Educação 2010 – as mais importantes tendências na visão dos mais importantes educadores (Humana Editorial).

 

Comandou de abril de 2007 a dezembro de 2012 , o programa de rádio Derrubando Barreiras: acesso para todos, na Rádio Eldorado AM e Estadão/ESPN. Em janeiro de 2010, lançou o Momento Terceiro Setor, na Rádio Trianon AM. Atualmente, apresenta o Boletim São Paulo Para Todos, na Rádio Capital 1040 AM. A atração vai ao ar todos os sábados no programa A Cara do Povo, comandado por Andrea Matarazzo e Luis Ribeiro.

 

Em reconhecimento à sua atuação, foi eleita a Paulistana do Ano (2007) pela revista Veja São Paulo, figurou entre os Cem Brasileiros Mais Influentes (2008) das revistas Isto É e Época, e foi finalista do Prêmio Claudia 2008 na categoria Políticas Públicas.

Em 20 de agosto de 1994, Mara Gabrilli sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica. Passou cinco meses internada – dentre os quais, dois em respirador artificial – e recebeu uma nova condição para a vida: a impossibilidade de se mexer do pescoço para baixo.

 

Em 1997, fundou a ONG Projeto Próximo Passo, com o objetivo de promover a acessibilidade e o desenho universal, pesquisas para cura de paralisias e projetos de inclusão social para atletas com deficiência. Em 2007, a ONG se expandiu e transformou-se no Instituto Mara Gabrilli, que tem a PPP como um de seus braços.

 

Em outubro de 2008, o IMG trouxe uma cientista indiana para trocar experiência com a pesquisadora da USP Lygia Pereira, o que resultou na primeira linhagem brasileira de células-tronco embrionárias, a BR-1. Conheça mais a ONG: http://www.img.org.br

 

Mara Gabrilli foi a primeira titular da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) criada em abril de 2005. Desenvolveu dezenas de projetos em diversas áreas: infraestrutura urbana, educação, saúde, transporte, cultura, lazer, emprego, entre outros.

 

Isso resultou no aumento de 300 para cerca de três mil do número de ônibus acessíveis com bancos largos para obesos e piso baixo; na reforma de 400 quilômetros de calçadas adaptadas, inclusive na Avenida Paulista, que com rampas, piso podo-tátil e semáforos sonoros, se tornou modelo de acessibilidade na América Latina; na criação de 39 núcleos municipais de reabilitação física e saúde auditiva; no emprego de mais de mil trabalhadores com algum tipo de deficiência; nas versões em braile ou áudio de todos os livros das Bibliotecas Municipais (Ler pra Crer); na ida de 14 mil pessoas com deficiência ao cinema, teatro e exposições; entre outros que só vêm crescendo em números nas gestões que a sucederam.

 

Em atuação na Câmara Municipal de São Paulo desde fevereiro de 2007, protocolou 43 Projetos de Lei que trarão mudanças na cidade para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, mas que, no fim das contas, beneficiarão à toda a população.

 

Quatro foram aprovados e são Leis Municipais: a que cria a Central de Intérpretes de Libras e Guias-Intérpretes para Surdocegos (Lei 14.441/2007); a que torna Lei o Programa Municipal de Reabilitação da Pessoa com Deficiência Física e Auditiva, determinando a implantação de novos serviços de reabilitação nas 31 subprefeituras da capital (Lei 14.671/2008); o Plano Emergencial de Calçadas (PEC), que permite que a Prefeitura reforme e revitalize as calçadas em vias estratégicas onde estão localizados os diversos equipamentos públicos e privados essenciais à população – correios, escolas, hospitais, etc (Lei 14.675/2008) —; e o que cria o Programa Censo Inclusão, que prevê um levantamento detalhado com perfil sócio-econômico dos cerca de 1,5 milhão de pessoas com deficiência na capital paulistana (Lei 15.096/2010), programa lançado pela Prefeitura em 19/3/2012.

 

Como deputada federal, protocolou projetos de lei e foi autora de importantes emendas em projetos do Governo, como no PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), no Plano Nacional de Educação e as que garantiram acessibilidade nas novas construções do Programa Minha Casa, Minha Vida.

 

Em março de 2012 foi relatora da Medida Provisória 550/11, que concede crédito para financiamento de produtos e serviços de tecnologia assistiva. Em 2013 foi designada relatora da Lei Brasileira de Inclusão (antigo Estatuto da Pessoa com Deficiência). Graças ao seu trabalho primoroso em conjunto com a sociedade civil, o projeto, que entra em vigor em janeiro de 2016, passou por uma grande reformulação e hoje é considerado o que há de mais moderno e completo em termos de legislação da pessoa com deficiência.