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Sociedade Brasileira de Genética Médica avalia o filme ‘Extraordinário”, sobre menino com doença rara

Professora de genética da UNICAMP, Vera Lúcia Gil da Silva Lopes elogia a história sobre o menino que sofre da Síndrome de Treacher Collins

Por Vinicius Volpi, com informações da Sociedade Brasileira de Genética Médica

Sucesso mundial de bilheteria, o filme norte-americano”Extraordinário” aborda a vida de um portador da Síndrome de Treacher Collins – anomalia genética rara que afeta uma em cada quarenta mil pessoas.  Em entrevista para o site da Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM), a professora de genética médica da UNICAMP, Vera Lúcia Gil da Silva Lopes, analisou os principais pontos que envolvem a trama, principalmente no que se refere à abordagem da doença rara que acomete o personagem principal do enredo.

Imagem ilustrativa de um capacete de astronauta, objeto usado pelo ator Jacob Tremblay, que interpreta o menino Auggie, no filme Extraordinário, para esconder o rosto por causa da Síndrome de Treacher Collins. Crédito da foto: shutterstock

Acompanhe a avaliação da médica geneticista sobre os principais aspectos que envolvem o filme:

O filme é muito real e bastante interessante. Não é uma síndrome comum, mas é de difícil compreensão por muitas pessoas e tem diversos níveis de sintomas e sinais no corpo. Em alguns casos pode haver uma leve alteração, enquanto em outros podem acontecer problemas de formação na mandíbula, no pavilhão auricular e de simetria facial”.

Vera Lopes fala também sobre as formas de pesquisar geneticamente a probabilidade da criança ter algum nível da Síndrome de Treacher Collins:

“É possível realizar a pesquisa genética em três casos: quando alguém da família possui a síndrome, pois a chance de voltar a aparecer nas futuras gerações é grande; quando surgem algumas anormalidades nos exames de ultrassonografia, como alteração no crânio e fendas; e após o nascimento da criança, quando é possível perceber se há alguma alteração. Quanto mais precocemente for diagnosticado, mais tranquilo será o tratamento”. 

Por fim, a matéria destaca como a avaliação precoce pode ajudar as pessoas que estão envolvidas com o nascimento da criança. Conscientes da condição do filho, os pais estão mais preparados para as cirurgias e necessidades que possam surgir. Também serve como um auxílio para o manejo inicial do pediatra, que já sabe que é preciso muita atenção no nascimento. Além disso, a equipe cirúrgica está atenta para as possíveis complicações que a criança possa ter desde o nascimento, como, por exemplo, dificuldade para respirar ou comer.

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