Iniciativa destaca os mais de 40 tipos de linfomas, incluindo o de Hodgkin que é considerado raro.
Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) agosto é o mês de conscientização e combate aos Linfomas. Para sensibilizar as pessoas para a causa, a organização reforça o tema por meio da campanha “Agosto Verde Claro”, que alerta sobre a importância de um diagnóstico precoce e o devido tratamento das doenças.
Os linfomas são cânceres que se originam no sistema linfático, uma rede de vasos, órgãos e gânglios que distribuem células de defesa por todo o organismo. O surgimento ocorre quando um linfócito, uma dessas células de defesa, sofre mutação e se multiplica de forma descontrolada. Por consequência, há aumento no tamanho dos gânglios, prejudicando as funções do sistema linfático.
Hoje, existem mais de 40 tipos de linfomas, que são divididos em dois grandes grupos: Linfomas Não Hodgkin e o Linfoma de Hodgkin, considerado um tipo de câncer raro No ano passado, o Brasil contabilizou, respectivamente, 10.180 e 2.530 casos.
Sintomas
Os principais sintomas dos linfomas são gânglios palpáveis na região das axilas, virilhas e pescoço. Normalmente são indolores, porém, existem outras doenças que podem levar ao aumento dos gânglios e gerar infecções. No caso de duração por longo período, como semanas, e acompanhados de febre, cansaço persistente, suor intenso etc., é necessário acompanhamento médico.
Diagnóstico
Para o diagnóstico alguns exames são necessários, como o físico, para procurar vestígios da doença nos linfonodos,, além de exames de sangue e biópsia. A biópsia deve ser analisada por um patologista, que confirma o diagnóstico e encaminha o resultado para o hematologista, especialista que dará sequência ao tratamento desse paciente em caso de linfoma, dependendo do tipo e estágio da doença.
Tratamento
Segundo o Guilherme Perini, médico hematologista do Hospital Israelita Albert Einstein, o linfoma de Hodgking, por exemplo, é um caso em que há grandes chances de cura. “Em estágios iniciais, cerca de 85 a 95% dos pacientes são curados na primeira linha de tratamento, que envolve a quimioterapia associada ou não a radioterapia – o que ressalta a importância do diagnóstico precoce. Nos casos mais avançados, de 70 a 80% dos pacientes podem ser curados. E mesmo para os casos de recaída – quando a doença retorna depois de um período de remissão – ainda há outras opções medicamentosas” explica.
Sobre o Linfoma de Hodgkin
O Linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer raro com origem no sistema linfático. A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo) se transforma em uma célula maligna e começa a se reproduzir de maneira descontrolada e dissemina-se pelo corpo. As partes do corpo mais afetadas são o pescoço e o tórax. Quanto aos perfis de pacientes, os homens estão mais propensos ao desenvolvimento desse tipo de linfoma.
Fonte: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/linfoma-de-hodgkin